O patrimônio cultural subaquático no Brasil é vítima de constantes depredações. Essa lamentável realidade, que faz com que desapareçam, paulatinamente, diferentes testemunhos únicos e não renováveis de atividades humanas pretéritas, representadas por uma enorme diversidade de cultura material submersa, deixa notória não só o descaso das autoridades brasileiras, mas também a não compreensão da importância desses sítios arqueológicos subaquáticos para a produção do conhecimento nacional e internacional.
Esse desrespeito e a depredação ao patrimônio cultural subaquático, principalmente aos restos de navios naufragados (denominados sítios de naufrágios), devem-se, em grande parte, ao desconhecimento, à desinformação e, principalmente, à falta de identidade dos depredadores com os sítios arqueológicos que destroem. Logo, diante desse contexto injustificável para com o patrimônio cultural subaquático em águas brasileiras, que se justifica a importância da concretização do Laboratório de Arqueologia de Ambientes Aquáticos no Núcleo de Arqueologia da Universidade Federal de Sergipe (LAAA / UFS).
Nesse contexto, o Laboratório de Arqueologia de Ambientes Aquáticos do Núcleo de Arqueologia e do Programa de Pós-Graduação em Arqueologia da UFS, assume a responsabilidade não só pelas pesquisas desse tipo, mas também, pela inclusão dessa linha de pesquisa inédita na grade curricular do curso de Bacharelado e da Pós-Graduação em Arqueologia, pela realização de cursos de Extensão Universitária e de Difusão Cultural abertos a todos os públicos, e pela difusão desse conhecimento em grande escala. Atualmente a UFS é a única universidade brasileira com um laboratório para pesquisas arqueológicas em baixo d'água e tem o reconhecimento e a chancela da Unesco.
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